O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (26) que seu governo respeitará o teto de gastos e descartou a prorrogação do Auxílio Emergencial.
“Não vamos deixar que medidas temporárias relacionadas com a crise se tornem compromissos permanentes de despesa, nosso objetivo é passar da recuperação baseada no apoio ao consumo para um crescimento sustentável”, disse, por videoconferência, em um evento do Credit Suisse.
No seu discurso, feito prioritariamente a investidores estrangeiros, o presidente prometeu ainda acelerar as privatizações, sem mencionais quais seriam as primeiras da lista, e disse que o ambiente para colocar dinheiro no país será bastante favorável neste ano.
Bolsonaro ainda declarou que a entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é prioridade da política externa do governo, bem como as reformas fiscal, tributária e administrativa.
Ele afirmou ainda que o Brasil já é o 6º país que mais vacina contra a covid-19 no mundo e que logo será o 1º.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou do evento. Ele reafirmou que a economia brasileira surpreende o mundo e que a gestão atual está preparada para novos aumentos de casos de Covid-19.
“Se a pandemia faz uma segunda onda e ficamos aí com 1.500, 1.600 mortes, saberemos agir com o mesmo tom decisivo como agimos no ano passado. Mas temos que observar se esse é o caso e se, ao contrário, as mortes descem, a vacinação em massa entra e a economia está de novo circulando, o correto é prosseguir com as reformas”, disse Guedes.
O ministro afirmou que o novo presidente da Câmara, que será eleito no dia 1º de fevereiro, deve destravar a pauta das reformas defendidas pela equipe econômica. Ele ainda cobrou responsabilidade dos parlamentares para que não voltem com o auxílio emergencial.
Segundo o ministro, em vez de pagar o benefício, o governo pode adotar o protocolo da crise, congelando gastos e aumentos de salários durante o avanço da doença.
Guedes disse também que os pedidos de impeachment contra Bolsonaro são tentativas de descredenciar as eleições e vêm de grupos que perderam nas urnas.