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Após desabamento de falésia matar família, MPF abre investigação em Pipa

O Ministério Público Federal abriu um procedimento para avaliar a adoção de medidas emergenciais que possam garantir a segurança de pessoas e mitigar “eventuais novos deslizamentos” nas falésias da praia de Pipa, um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte. A medida foi tomada nesta terça-feira (17), após parte de uma falésia ceder e matar um casal, um bebê de 7 meses e o cachorro da família.


O procedimento 1930/2020 foi aberto “com urgência” após despacho do procurador Victor Mariz. No documento, ele ressalta que “as falésias da região são atualmente ocupadas por edificações e a área da praia é comumente utilizada por banhistas”. O caso será comandado pelo procurador Daniel Fontenele Sampaio Cunha.

Ainda de acordo com ele, a procuradoria deve apurar as adoção de medidas emergenciais efetivas para garantir a segurança das pessoas na região conhecida como “Baía dos Golfinhos”.

Em documento enviado ao MPF, a prefeitura de Tibau do Sul convidou o órgão para participar de uma vistoria no trecho, nesta quarta-feira (18), e informou que interditou nove estabelecimentos que ficam nas falésias, ainda na noite de terça-feira. O município ainda informou que fiscais e placas alertam aos banhistas sobre os ricos de deslizamentos em áreas como a que a família estava. 


Mãe tentou proteger o filho

Stella Souza, uma das vítimas do desabamento de falésia na praia de Pipa nesta terça-feira (17), tentou proteger o filho no momento do acidente. Ela foi encontrada abraçada ao bebê de 7 meses, segundo testemunhas. O marido de Stella, Hugo Pereira, de 32 anos, também morreu soterrado no local, um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte.

O empresário náutico Igor Caetano testemunhou o acidente e tentou socorrer as vítimas. Ele contou que a mãe abraçou o filho na tentativa de protegê-lo. “Ainda deu tempo de a mãe tentar segurar a criança, por isso que os adultos estavam mais machucados, porque a mãe estava abraçada com ele (o bebê).”

“A gente cavou até encontrar o pai, e depois encontramos a mãe e a criança. O menino ainda estava respirando. Por coincidência, uma médica estava passando aqui na hora. Ela tentou reanimar a criança, mas não teve mais jeito”, disse Caetano.

Na hora do acidente, o casal e o bebê estavam sentados perto da falésia – o cachorro da família também morreu soterrado.
Twitter: @Leitura_M

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